segunda-feira, 28 de março de 2011

BIBLIOGRAFIA

-Livro de História do 8ºAno

CONCLUSÃO

Com este trabalho obtive mais conhecimento sobre a Revolução Industrial. Fiquei a saber detalhes da Revolução, da sua expansão, das diferenças entre as classes sociais, entre outras coisas. Concluindo, este trabalho trouxe-me benefícios, pois fiquei a saber mais informação que não sabia.

IDEIAS SOCIALISTAS


A sociedade do séc. XIX apresentava grandes contrastes, isto é, por um lado, a burguesia capitalista que vivia rodeada de luxo gozando, em geral, de uma vida confortável, por outro, a classe operária, geralmente pobre e a viver na miséria. Alguns intelectuais do séc. XIX, atentos às injustiças sociais, criticaram este sistema propondo um conjunto de medidas políticas para reformar os sistemas económico e social. Pretendiam tornar mais justo o sistema económico. Assim, nasceram as ideias e doutrinas socialistas. Numa primeira fase, as propostas socialistas surgiram de pensadores ingleses (Robert Owen) e franceses (Saint- Simon, Proudhon, Fourier). Estes criaram o socialismo utópico, cujas ideias foram consideradas ingénuas e idealistas, impossíveis de realizar. Em meados do séc. XIX, os filósofos alemães Karl Marx e o seu amigo Friedrich Engels fundaram o socialismo científico. As suas obras Manifesto do Partido Comunista (1848) e O Capital (1867) defendiam que o fim da exploração dos trabalhadores só era possível através de uma revolução em que os trabalhadores tomavam o poder e instauravam uma ditadura do proletariado. Defendiam a colectivização dos meios de produção, substituindo o capitalismo pelo socialismo, o qual deveria depois evoluir para o comunismo, ou seja, para uma sociedade sem classes. O marxismo ganhou força e, no séc. XX, inspirou a revolução soviética, chinesa, cubana e outras. No séc. XIX, surgiram outras ideologias, como o anarquismo, defendido pelo francês Proudhon e pelo russo Bakunine. Estes defendiam a anarquia, ou seja, o fim do Estado e de todas as formas de autoridade. Mas o socialismo viria a seguir uma corrente menos radical, que defendia a mudança através de reformas graduais, o socialismo reformista. Defendia a ideia de que o poder devia ser atingido através do voto do povo. Este teve por principais defensores os alemães Kautsky (1854-1938) e Edward Bernstein (1850-1923) e o francês Jean Jaurès (1859-1914). Esta corrente reformista ainda hoje permanece.


SINDICALISMO


No início do séc. XIX surgiram em Inglaterra, as primeiras associações de operários, algumas das quais deram origem a sindicatos. Em 1825, os primeiros sindicatos ingleses uniram-se, formando as Trade Unions (Uniões de Sindicatos). Estas associações começaram a chamar a atenção dos governos e da população em geral para as difíceis condições em que viviam os operários. Estas associações empreenderam uma luta para conseguir que os patrões melhorassem as condições de trabalho e para que o Governo apoiasse mais a população dando-lhe melhores condições de vida. O proletariado lutava com a única arma que tinha, o seu trabalho, assim, a greve passou a ser a principal forma de luta. Em 1864, foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores, pelos sindicatos ingleses e franceses, sob a orientação de Karl Marx. Esta associação deu ao movimento operário uma projecção internacional.

OPERARIADO


A industrialização e o crescimento das cidades foram acompanhados pelo aumento do operariado. No séc. XIX, a vida dos operários era difícil. O êxodo rural provocou um excesso de mão-de-obra nas cidades, o que  fez baixar os salários e levou a que muitos operários aceitassem trabalhar, em más condições, e durante 15 ou mais horas por dia. Homens, mulheres e crianças eram submetidos a condições de trabalho semelhantes, contudo, a mão-de-obra infantil e feminina era mais barata. O proletariado trabalhava em fábricas com más condições de higiene e segurança e vivia em casas insalubres, húmidas e mal iluminadas. Eram pequenos espaços onde viviam famílias numerosas. Estas condições favoreceram, por um lado, o aparecimento e a propagação de doenças graves e, por outro, a degradação de vida e a miséria moral. O pauperismo, o estado de pobreza generalizado da classe operária, veio aumentar cada vez mais a distância entre a burguesia rica e o operariado, levando a um clima de descontentamento, revoltas e agitação social. Foi neste ambiente que surgiu e se desenvolveu o movimento operário e sindical e se desenvolveram as ideias do socialismo.

SOCIEDADE E MENTALIDADE BURGUESAS


A sociedade do Antigo Regime foi substituída no século XIX, por uma sociedade de classes, na qual a importância de cada um dependia da sua profissão: do que fazia e do que possuía. Nesta sociedade, a burguesia ocupava lugar de destaque. A alta burguesia industrial e financeira liderava a economia e influenciava o poder político. Mas também ditava as modas impondo o resto da população um certo modelo de vida, os seus valores e até mesmo as suas formas de diversão. A burguesia defendia princípios como o direito à propriedade, a ideia de família, a valorização do trabalho e da poupança, mas também o gosto pelo bem-estar e pela ostentação. A burguesia dividia-se em alta, média e baixa e entre os dois últimos estratos, situava-se uma classe média, composta por pequenos e médios empresários e profissionais liberais, como médicos engenheiros, advogados, professores, jornalistas, … Nos estratos mais baixos desta nova sociedade estava o proletariado, composto pela grande massa de operários que enchia as cidades.

LIBERALISMO ECONÓMICO


O séc. XIX ficou marcado pelo desenvolvimento da indústria, o qual foi acompanhado por novas formas de organização do sistema de produção. O desenvolvimento da economia foi marcado pelos princípios do liberalismo económico, o qual defendia a livre iniciativa, a liberdade na produção, no comércio, na aplicação dos preços e nos salários. O Estado não deveria interferir na economia, a lei natural do mercado devia ser a “lei da oferta e da procura”. A prática das ideias do liberalismo económico (laiisez faire, laisser passer) levou ao desenvolvimento de grandes empresas. Assistiu-se, também, a um desenvolvimento de Banca, que se explica porque:
-os empresários recorriam a empréstimos para construírem novas fábricas, comprarem máquinas e matérias-primas;
-o grande comércio exigia novas formas de pagamento (notas bancárias, letras, cheques)
A Bolsa e as sociedades anónimas também se desenvolveram. Algumas empresas atingiram um poderio de tal modo forte que passaram a controlar a produção e a venda de determinados produtos. Algumas pequenas empresas não conseguiram competir com as maiores e faliram ou foram compradas pelas grandes empresas não conseguiram competir com as maiores e faliram ou foram compradas pelas grandes empresas. Formaram-se assim, grandes concentrações empresariais ou monopólios. Desenvolveu-se o capitalismo industrial e financeiro.

REVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES


As inovações na ciência e nas técnicas e na industrialização contribuíram para o desenvolvimento dos meios de transporte e das comunicações. A revolução dos transportes iniciou-se com a aplicação da máquina a vapor ao barco e à locomotiva. A navegação a vapor impôs-se na segunda metade do séc. XIX, com a construção de grandes paquetes em metal e com a formação de companhias de navegação de longo curso, como a Great Western e a Cunard Line, as quais faziam transporte regular de pessoas e de mercadorias entre os continentes. O barco a vapor permitiu a deslocação de milhões de pessoas da Europa para a América, em especial para os Estados Unidos, desempenhando, um papel importante na emigração europeia. Nos transportes terrestres destacou-se o comboio, que se tornou o mais importante meio de transporte de pessoas e mercadorias. Desde 1830 até ao fim do século as redes de caminhos-de-ferro quer na Europa, quer na América, não pararam de crescer. Para além de facilitar o comércio, o comboio alterou o quotidiano das populações, tornando a deslocação de pessoas e bens mais rápida e segura.

NOVAS FONTES DE ENERGIA E NOVOS INVENTOS TÉCNICOS


Por volta de 1870 deram-se importantes mudanças na indústria, a nível mundial, o que levou alguns historiadores pensarem na existência de uma segunda Revolução Industrial. Na segunda metade do séc. XIX deram-se avanços significativos na ciência e nas técnicas. A invenção da turbina e o dínamo permitiram a produção de electricidade, a descoberta de poços de petróleo e a invenção do motor de combustão permitiram a utilização de novas fontes de energia, como a electricidade e o petróleo (gasolina e gasóleo). A partir daí surgiram novas indústrias, tais como:
-a indústria química (medicamentos, fertilizantes, papel, explosivos, …)
-a indústria de materiais eléctricos, que produzia aparelhos eléctricos e electrodomésticos.
Desenvolveu-se também a indústria do aço, e esta deveu-se à construção de máquinas, pontes, arranha-céus e caminhos-de-ferro.

EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Ao longo do séc. XIX a Inglaterra liderou o processo de industrialização, sendo o país que mais produzia e exportava. Produzia têxteis, máquinas, locomotivas, carris e muitos outros bens e equipamentos. Os lucros deste comércio eram reinvestidos em novos negócios, na Inglaterra e no estrangeiro. Contudo, a partir de 1870 a Revolução Industrial alastrou-se a outros países da Europa, aos Estados Unidos e ao Japão. Na Europa, depois da Inglaterra e da Bélgica, a Alemanha e a França foram os países em que a indústria mais se desenvolveu. A Alemanha, rica em matérias-primas, dedicou-se à metalurgia; nos finais do séc. XIX, o sector industrial apresentou um grande desenvolvimento, sobretudo na indústria do algodão e dos produtos químicos. A França, desenvolveu-se principalmente após a queda de Napoleão; a partir de 1840, avançou com a construção da rede de caminhos-de-ferro e desenvolveu os sectores da exploração mineira e da metalurgia.
Na segunda metade do séc. XIX, os EUA tinham uma população jovem e muita mão-de-obra vinda de imigrantes europeus. O país era muito rico em matérias-primas e após a construção de caminhos-de-ferro, o comércio interno desenvolveu-se contribuindo para o aparecimento de novas indústrias, principalmente nos sectores da metalurgia e do têxtil algodoeiro. Este país evidenciou-se ainda pelas inovações na ciência e nas técnicas.
O Japão começou a sua industrialização nos finais do séc. XIX. Este país tinha uma economia com características feudais, mantendo-se afastado do Oriente. Quando os americanos tentaram obrigar à força o Japão a abrir os seus portos ao comércio, o imperador chinês decidiu iniciar uma revolução para modernizar o país, iniciando a era do progresso (Meiji). Durante essa era foram construídas fábricas e caminhos-de-ferro e desenvolveram-se os sectores da construção naval e da indústria têxtil algodoeira.